domingo, 19 de junho de 2016

Amor

Amor

Estranho, sim... não ser mais eu.
Pulsa leve minha essência, o oxigênio é pouco.
Nem longe irei, irei até onde respirar.

O fim é o mesmo.
O remédio?
O amor.

Por amor, prometi estar na festa de Baco.
Incensei-me com perfumes.
Tinha a máscara e o vinho soberbo.
Embebedei-me.
A harpa tilintava os acordes da paixão.
Restava-me, sem sentido, sem juízo.
Metamorfoseei-me.

Adormeci fortalecido.
Andei sobre montanhas geladas, e mares voluptuosos.
Acordei na praia.

Senti-me, existindo.

Tinha ao lado um amor.


                                 26-05-2016

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